COMO ANGARIAR NOVOS MERCADOS E DIMINUIR PERDAS EM TEMPOS DE PANDEMIA

Descontos, cursos e lives grátis, doações. Diminuir os ganhos em meio à crise e entregar produtos e serviços sem nenhum lucro imediato? Que estratégia é essa? Com o aumento na procura de conteúdos voltados para bem-estar e saúde, educação, gastronomia, casa e construção e DIY, as marcas que investem em relacionamentos em longo prazo e estratégias D2C (direct to consumer) não sofrem tanto com as mudanças bruscas do mercado. Isso se dá com a fidelização mesmo em meio à pandemia. Vouchers com descontos pra quando tudo voltar ao normal, cursos grátis que abrem os olhos para a qualidade de seu conteúdo e instigam a mais consumo são formas de cativar seu público. As pessoas, mais do que nunca, precisam de diversão, informação confiável e razões para sorrir. Pense em como, seguindo os propósitos da sua marca, você pode fazer a diferença na vida delas, seja de imediato seja deixando um rastro de positividade para o “infinito e além”.

Na indústria da moda a corrida contra o tempo para se ajustar às mudanças no consumo decorrentes do isolamento social tomou rumos curiosos. Desde o início da quarentena, as compras no segmento de vestuário já caíram 78%, segundo dados publicados pela operadora de cartões Elo, considerando o período de 19 de março a 1º de abril.

A chegada do outono coincidiu com lançamentos, porém, muitas grifes seguraram suas novas coleções ou já oferecem as peças com descontos. E com suas equipes de venda em home office, a forma de divulgar as peças teve de ser repensada.

A Farm encontrou como solução transformar suas funcionárias em modelos. Para alimentar seu e-commerce com imagens das novas peças, a empresa enviou combinações de roupas e acessórios para vendedoras e outras integrantes da equipe. Elas receberam um manual para realizar uma sessão fotográfica caseira que seguisse os padrões e conceitos da marca. O resultado é visto no site junto à hashtag #ficaemcasa.

O investimento em promoções e estreitamento de relacionamento com o cliente é o que se tem visto em muitas marcas. A Enjoy tem oferecido vantagens comerciais em seu site toda semana, com descontos de até 60%, frete grátis com o código do vendedor e prazo de troca estendido de 14 para 45 dias. O e-commerce cresceu 20% em comparação com abril de 2019, mas o resultado ainda não deve ser visto como totalmente animador, já que a plataforma se tornou a única fonte de renda da empresa.

Ao lado de Via Mia, Dermage, Duloren e Blue Man, a Enjoy organizou o festival de música “Longe, mas juntos”, no Instagram das marcas. Com grandes nomes da música, foi uma forma de trazer entretenimento remoto para o público e divulgar as marcas.

No momento, algumas peças de verão da Armadillo chegam a estar com 70% de desconto. Peças da nova coleção que chegariam às vitrines da grife foram lançadas no site, e podem ter abatimento de até 20%.

Mesmo vendas à distância sendo a única fonte de renda atual da empresa, a diretoria acredita que a abordagem ao cliente não deve ser focada no consumo, mas sim em um relacionamento mais humanizado e engajado.

Empatia também tem sido o lema das marcas do grupo S2 Holding, Kenner, Redley e Cantão, que produziram 50 mil máscaras hospitalares que serão distribuídas para unidades de saúde do país. Mais 15 mil máscaras de tecido para uso doméstico serão doadas a instituições como o Inca e a Fiocruz, que supervisionou a fabricação do material. Além disso, cerca de oito mil frascos de detergente e esponjas já foram encaminhados para as ONGs Ação da Cidadania e Redes da Maré. O material de limpeza faz parte de uma promoção do e-commerce: a cada compra no site da Cantão, um kit é doado.

Entender como a sua marca pode se posicionar nesse cenário é a chave para descobrir se vale ou não apostar na estratégia.

Se você se encaixa nesse perfil, não deixe de aprender com esse momento.

Fontes: Squid e O Globo

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